Olhando para um corredor de supermercado, cheio de garrafas de plástico, é fácil concluir que o principal problema ambiental é a grande quantidade de plásticos descartáveis: se reciclarmos mais, minimizamos drasticamente os impactos. Certo? Errado.
Olhando para um corredor de refrigerantes do supermercado, cheio de garrafas de plástico e latas de metal, é fácil concluir que o principal problema ambiental é a quantidade de plásticos descartáveis: se reciclarmos mais, minimizamos drasticamente os impactos. Certo? Errado. Na realidade, a maioria dos impactos ambientais de muitos produtos, incluindo refrigerantes, está ligada aos produtos em si, não à embalagem.
E, quando se trata de plásticos de uso único, a produção e descarte de embalagens geralmente representam apenas uma pequena porcentagem dos impactos ambientais ao longo da vida de um produto, de acordo com a engenheira ambiental Shelie Miller, autora de um artigo de outubro de 2020 para a revista Environmental Science & Technology.
“Os consumidores tendem a se concentrar no impacto da embalagem, e não no impacto do produto como um todo”, afirma Miller, que também é professora associada da School for Environment and Sustainability e diretora do U-M Program in the Environment. “O consumo consciente, que reduz a necessidade de produtos e elimina o desperdício, é muito mais eficaz na redução do impacto ambiental geral do que a reciclagem”, afirma. “No entanto, é fundamentalmente mais fácil para os consumidores reciclar a embalagem de um produto do que reduzir voluntariamente sua demanda por aquele produto, o que provavelmente é uma das razões pelas quais os esforços de reciclagem são tão populares.”
5 erros comuns sobre o uso de plásticos descartáveis
A crença equivocada sobre o papel central da embalagem de plástico no problema ambiental é um dos cinco mitos que Miller tenta desmascarar em seu artigo. Os cinco erros mais comuns, segundo o estudo, são: